Quem te fez pular de tão alto
sem face a cada linha de luzes
sem palavras a cada sopro de vento
que sem ser pássaro voou
gloriosa como a fénix que um dia
morreu e renasceu das cinzas
como uma bela pluma
que vagou solitária como
o mais profundo centro de todo ser
que sorriu ao tocar o mar
com dedos singelos e olhar meigo
desviando de desejos sem sentido
levantando os braços
para um mergulho perfeito
onde a agua é sua nova vida
e o oceano seu novo amor.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Salto
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domingo, 25 de novembro de 2007
Dia nasceu tarde
Em uma noite em que o dia nasceu tarde
Houve tempo para o infinito
fantasmas bêbados, desiludidos
vivos a ver a menina crescer de forma errada
esperando para que o primeiro seja gentil
mas o silencio da expectativa foi quebrado
pela chuva e o som da sirene
goteiras surgiram e os ratos correram
a menina se esconde
agradecendo ao céus pelo fraco movimento
chamas ascenderam nos becos e ruas sem saída
única forma de aquecer a alma
e esquecer da certeza de que ali num tem vida
ali não tem esperança...
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domingo, 18 de novembro de 2007
A neve cai do lado de fora da casa
congela algo que deveria estar quente
algo que deveria estar batendo forte
buscando algo que ocupasse o vazio
que fizesse sorrir para coisas pequenas
mas esse Novembro não é como os outros
diferenças gritantes lhe fazem esperar do lado de fora
exemplo a lua, que desaparece nas densas nuvens
que deveria estar brilhante e sentimental
do lado de dentro você procura
por poucos e pequenos gestos
suficiente para que nesse dia frio
um encontro a dois
tornasse corações mais quentes
que uma tarde de verão
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Tarde de Eclipse
Australopithecus brincam no balanço do jardim
São 15:37h, 20 de Janeiro de 1995
a noite mais escura que já houve numa tarde de verão
um eclipse despercebido para muitos
os aviões pousaram em pleno céu escurecido
e há varias linhas de luzes violetas cruzando as ruas
uma mulher invadiu minha piscina
e eu vejo tudo pelo espelho invisível que surgiu na minha frente
todos congelados com sorrisos sarcásticos estampados no rosto
mas não há alegria nisso e ao meu lado direito posso ver
que as crianças brincam com seus pais como se fossem bonecas
e grandes presidentes brincam com dados para ver quem e onde
soltaram a próxima bomba atómica.
Só faltam cinco minutos para o eclipse acabar
Um bebê grita enquanto sua avó fuma um charuto cubano
a mulher presa em uma árvore grita pedindo socorro
mas os bombeiros estão ocupados de mais
tricotando e vendo novelas mexicanas.
Ninguém verá o fim desta tarde
agora todos estão deitando no chão
o eclipse irá acabar e nada mais será lembrado
Nada daquilo foi evitado e nada foi impedido.
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sábado, 13 de outubro de 2007
Chega da velha história
Entre tantos erros e lamurias de desencantos passados
Ultrapassei a linha da razão e corri para o lado errado
Sem sentido algum ao pensar que não será minha
Penso que não mais errarei ao virar a esquina
e me deparar com seu coração
que estampado com a solidão espera por alguém
Sem olhar para os lados e não vendo obstáculos
Tentáculos de outros que te querem alarmante
sem reparar nas suas necessidade
que gritante falam por seus olhos azuis
com tantas peças à se encaixar ainda
ninguém vê que na verdade o que deseja
é acabar com o quebra cabeça
saindo da velha história de contos de fadas
e entrando na melodia do amor verdadeiro
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Quem sabe tudo mude quando voce quiser
quando fugir de seus problemas
quando abraçar a solidão .
quando abrir suas asas
vire a pagina do livro na mesa
olhe para dentro, olhe o céu vermelho
veja as flores la tras no jardim
busque o jornal, ligue a Tv
dance a musica que um dia escrevi pra tí
não pense em mim, mesmo que eu queira
e sei que não irá pensar
quando voltar de sua nova vida
quem sabe eu não esteja mais aqui
quem sabe a vida não será mais a mesma
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sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Aquário
Veja tudo ali na frente
a imensa bola de fogo
o trenó sem o velho, a vida sem sentido
tudo no aquário da vida
faixa por faixa nessa estrada
segundo por segundo o relógio diminui a velocidade
e os olhos jamais piscaram ... nunca mais
o sofá tomou o formato do corpo
e tudo o que sentimos é o vento no rosto
nada mais é normal
não olhe para o lado, não veja e não respire
formigas cinzas lhe tiram do serio
o som na cozinha da torneira entre aberta
tudo vai te incomodar
eles sempre estariam la
nunca fizeram nada de bom
nada faz eles sorrirem
é tudo escuro ao redor
aproveite a luz do aquário
procure palavras de conforto
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domingo, 2 de setembro de 2007
Outra noite
O som dos moveis rangendo com o vento frio
só a luz da fogueira no fim da rua
que teima em passar pelas minhas janelas quebradas
ainda há um barulho maior que incomoda
existe um porquê em tudo isso
o que deu errado foi viver de costas para o mundo
foi destruir o futuro por um desejo inútil
foi largar de um sonho por nada
minhas bebidas não queimam minha garganta
é como um copo de agua bem gelado
malditos vizinhos que insistem em fazer festa todas as sextas
isso incomoda muito, não consigo dormir
minha cabeça dói, meus problemas martelam com toda força
nada era como eu sonhava e nada vai ser agora como eu queria
o que resta e fechar os olhos e esquecer
assim que a festa do vizinho acabar...
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quarta-feira, 22 de agosto de 2007
É o fim
Quero que seja assim mesmo como está
voce para la e eu para cá
de costas um para o outro
nunca precisei de você
que seja feliz com quem queira
vou ser feliz comigo mesmo
vou ser feliz com a vida
e voce que pouco importe no futuro
quem se importará la na frente
se voce se der conta
de que perdeu quem te ama
e que era voce que ensistia
em ser a mulher da minha vida
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sábado, 18 de agosto de 2007
ninguém fará
Me diga alguém que
Vive no abandono de si mesmo
ou morreria por uma causa.
que tem o dom de chorar
que entrega mas nunca recebe cartões de natal.
que não sabe dizer quem é realmente
que tenta sonhar paranóico
que vê a chuva cair acida
mas não esta nem aí para avisar.
que odeia seus próprios ringtones
e não acha nada interessante
que liga sempre dizendo a si mesmo
é a ultima vez
que corre e se joga de um abismo
pelo amor de uma mulher...
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terça-feira, 14 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Apenas sonhando
Quando canto nossa musica
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terça-feira, 31 de julho de 2007
O Amor Enlouqueceu
Você deixou tudo uma zona!
Abandonou ela e não largou de mim...
Pra que fazer isso?
Ela estava feliz enquanto estava com agente
mas você tinha que estragar tudo
fugiu dela e fez ela fugir de mim
você se aliou a modernidade junto com ela
mas agora já é tarde...
ja que tudo esta acabado
vá embora de mim também
Agora tenho certeza
Você enlouqueceu...
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segunda-feira, 30 de julho de 2007
Dia Cinzento
Ao pé da arvore faz frio,
Tanto que nem consigo
segurar o lápis com firmeza
Olho ao redor.
As pessoas andam nessa praça
A vaidade ainda as consome.
Mas o que me toma a atenção
É um casal jovem que ali está
O tempo é propicio a um bom cobertor
Mas eles estão lá, como se não se importasse com o tempo...
Eles estão sorrindo, acho que ele contou algo engraçado.
Curioso o sentimento que há ali
Sem barreiras, ao contrario de belas historias de amor...
Preso a curiosidade, não vejo a primeira gota cair em minha folha
Hora de se levantar e ir embora
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segunda-feira, 23 de julho de 2007
Do que eu posso te salvar
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terça-feira, 17 de julho de 2007
Eu prefiro dançar com você
Eu prefiro dançar com você a conversar com você
Então por que nós não vamos para a outra sala?
Tem espaço para nós nos mexermos, e ei, eu gosto dessa melodia
Mesmo se eu pudesse ouvir o que você disse
Eu duvido que minha resposta seria interessante para você ouvir
Porque eu não li livro nenhum o ano inteiro
E o único filme que eu vi, não gostei nem um pouco
A música está muito alta e o barulho da multidão
Aumentam a chande de má interpretação
Então, deixe seus quadris fazerem a conversa
Eu te farei rir agindo como o cara que canta
E você me fará sorrir entrando no ritmo...
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segunda-feira, 16 de julho de 2007
As Nuvens
E é suave, como um correr de água, O sentir que não sou alguém, Não sou capaz de peso ou mágoa.
Que bom, à margem do ribeiro
Saber que é ele que vai indo... E só em sono eu vou primeiro.
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quarta-feira, 11 de julho de 2007
Medo de Errar
Mas para onde eles vão?
O que eles sentem agora?
Deixo de escrever por medo de errar
Deixo de fazer por medo de errar
Essas pessoas que eu vejo
Já erraram algumas vezes
Todos já erramos
E por isso eu escrevo
Porque sei pra onde vou
E faço porque sinto
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