sábado, 23 de agosto de 2008

Pela Mira

Estava ele no fim da historia encostado no vagão do trem
Ele não pensava em muita coisa a não ser em que diria a ela
Que logo chegaria para um ultimo escondido adeus
Por que na noite passada ele havia matado a quem discordava
Sem remorso ao olhar nos olhos gélidos pela mira da arma
Ele achou que agora nada o impediria de viver ao lado dela
Mas ele logo viu que nada seria assim e fez suas malas
Mudaria para o oeste onde lá seria feliz com ela
Sem crianças brincando de armas nem sargentos de policia
Mas assim que ela chega, ele viu que não seria bem assim
Acompanhada sua mulher veio com os homens do morto
Que fizeram dele o ultimo drama romântico da historia dela
O ultimo Adeus romântico dela não mais é do que pra sempre...

domingo, 17 de agosto de 2008

Fomos Honestos

Cada dia ao olhar para o céu
Via a vida descendo com a cachoeira
Sem ter nenhuma misera desculpa
E nadando em volta do mundo
Eu me perdia até me achar de volta
Mas eu não quero a dor dos seus jogos
E eu nunca vou entender
Que nós fomos honestos
E nesse jogo nós nunca perdemos

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Solitude para Evaristo

Ele caminhou assim por horas
sem ter do que se queixar
Cada passo sem nada ao lado
pra ele era bom não dialogar
andava nas bordas das ruas
como prova de alegria
Como se tivesse alguém
pra quem ele devia provar
Pra ele essa condição é brinquedo de criança
Onde sozinho esta livre
pra com que quiser imaginar
E sua paciência com novas surpresas
hoje esta trancada
E agora nada mais pode fazê-lo mudar
Ele gosta de condição
de poder baixar o copo
E não ter com que se preocupar

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O Melhor que posso fazer

Talvez parado eu não demonstre quem eu sou
Se eu não expressar nada talvez de a volta.
Vai ser bem melhor se isso acontecer
Conhecer-me vai ser o começo do problema
Vou te pedir desculpas por ter te conhecido
Mas os seus olhos me chamam de muito longe
E eles dizem que talvez queiram correr o risco
Estou à beira do abismo onde talvez queira me jogar
Eu sei o que vai acontecer desde já
É a frase que todos dizem no final
“Se eu soubesse que isso ia acontecer”
Mas agora eu sei e disso tenho certeza
Resta eu decidir se quero ou não fechar os olhos
E deixar que agente se engane...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Valentia

Mesmo com seu riso de canto meio que de abandono
Não deixam de tentar assim te escolher
Eu vi de fora da batalha que eles não vêm pra perder
Um a um você derruba todos com um pouco de tristeza
Esta no seu olhar na sua expressão de incerteza
Esta cansada de ganhar e não ganhar nada com isso
Se ao menos pudesse abrir um espaço
Se pudesse largar a mascara que envolve seu rosto
Se largasse a armadura que a protege
Talvez assim surgisse um cavalheiro
Alguém que a fizesse parar de lutar
A protegesse de todos os “nãos” que você ainda tem que dar
Será que esse cavalheiro poderia ser eu
Será que sou quem você espera ou
Serei mais um que te perdeu essa noite?